não ha porto seguro

a vontade era de afogar em minhas cobertas, permanecer no meu casulo até que a transformação se complete. hibernar até que o tempo ruim passe. mas humana que sou essas alternativas não se encaixam. resta levantar com os olhos apertados. e encarar, mesmo que sem vontade os dias que gritam sua loucura. o nó, a angustia e a amargura que sinto no peito me livrar num vomito. algo incomoda mais do que ontem, menos do que amanhã. me afoguei em mar aberto.