Trem da morte.

"Acordei com o sol rubro do fim da tarde; e aquele foi um momento marcante em minha vida, o mais bizarro de todos , quando não soube quem eu era - estava longe de casa, assombrado e fatigado pela viagem, num quarto de hotel barato que nunca vira antes, ouvindi o silvo das locomotivas, e o ranger das velhas madeiras do hotel, e passos ressoando no andar de cima, e todos aqueles sons melancolicos, e olhei para o teto rachado e por quinze estranhos segundos realmemte não soube quem eu era. Não fiquei apavorado; eu simplesmente era uma outra pessoa, um estranho, e toda a minha existencia era uma vida mal-assombrada, a vida de um fantasma. Eu estava na metade da America, meio caminho andado entre o leste da minha juventude e o oeste dos meus futuro, e é provavel que tenha sido exatamente por isso que tudo se passou bem ali, naquele entardecer dourado e insólito." (Jean Lebris du Kerouac)

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