brotam no cimento, crescem onde não deveriam. com paciência e vontade exemplares, erguem-se com dignidade. sem estirpe, selvagens, inclassificáveis para a botânica. uma estranha beleza cambaleante, absurda... que enfeita os cantos mais cinzentos. elas não têm nada, e nada as detém. uma metáfora de vida irrefreável...que, paradoxalmente, me faz ver minha fraqueza. (in Medianeiras)