beijo bom é beijo de amigo.
que te beija a alma. mesmo ainda estando de roupas.
ficaria, horas e horas a fio, como já o fez. sentindo a sua respiração no meu rosto. dos rostos se abraçando entrelaçados. o toque da carne sensível na minha carne sensível. enrolar de corpos, fluidos. troca de lados, de tatos. respiração. ofegante. bailando juntos o teu corpo no meu. trocando assim, com a línguas carícias sinceras. sentindo seu lábio, correndo devagar o mais sensível de mim. me impedindo de gemidos, gestos, palavras. minutos a fio, horas. conectados pelo sabor um do outro. fluidos. e esta seria a única conexão corporal estabelecida. mas que parece conectar com o mais intimo de nós.



falo de beijo.
beijemos mais.
sem pressa.
beijo. apenas beijo.
erremos sempre em que tivermos a chance.
mais beijos


animal

me embrigado. noites e dias seguidos na boemia. como se necessitasse adormecer ou acordar algo. encho o sangue de álcool. raleio. como quem raleia os sentimentos. fazendo-os, mais fracos, mas também maiores. paradoxo. porque não poderia ser diferente. a boemia que não lhe pertencia, mas era tão sua. como os cigarros que começou a fumar e não eram seus. os experiências que começou a apropriar de forma tão animalesca para que assim, feito animal irracional fossem suas. mas era tudo premeditado. calculado. pensado. friamente. subconscientemente. queria se apropriar de experiencias, cigarros, cervejas, corpos, falos, bocetas. que não eram suas. mas lhe pertenciam. como se assim. se só assim pudesse, de alguma maneira, pertencê-lo. se jogava no que não era. nas aventuras que não eram suas, mas eram tão suas. porque ele não era seu. mas era tão seu. feito bicho.