Retrospecto

Retrospecto. É isso que tem se passado em minha mente.
Tenho pensando em tudo o que eu vivi neste ano. É estranho você analisar a sua vida como um estranho, mas é isto que tenho feito. Cada imagem gravada e que agora volto a recordar me mostra novos ângulos de tudo o que vivi, é como se eu estivesse revivendo aqueles momentos, o que, muitas vezes me enche de dor, porém houve também a alegria e a magia. Lembro de cada sentimento que me envolveu este ano, e eu vivi como nunca, creio que eu soube aproveitar cada segundo, fui mais eu. Isso, claro, me enche de orgulho, por ter sido eu, unicamente eu, responsável pelo meus atos e atitudes. Claro que amigos me ajudaram, e eles estiveram presentes neste ano mais do que nunca.
Os encontros na praça, os segredos, o primeiro carnaval onde aproveitei como todo jovem da minha idade costuma aproveitar. É até estranho fazer esta observação, porque eu, embora jovem, vivo e sempre vivi em um mundo à parte; isso as vezes me dói, pois vejo que sou completamente diferente de todos ao meu redor, sempre fui. Todas as garotas se sentavam em rodinhas depois de festas para comentar que ficou com Fulano, que achava Ciclano bonito, que Deltrana garrou o Beltrano; mas eu sempre achei isto muito ridículo, tanto que saída destas rodinahs e ia brincar com os meninos de açolgue, queimada, pega-pega, polícia-e-ladrão, conversar sobre Cavaleiros do Zodiaco, sei la... acho que sempre fui mais homem do que mulher :P Por isso achei estranho, que no carnaval deste ano eu fui exatamente igual as garotas, a não ser pelo fato de ter bebido pela primeira vez (porque a maioria ja fazia isso há muito tempo), mas fora isso, fui igual, semelhante, bebi, dancei, ri, fofoquei, fiquei, paquerei e fui paquerada. E como!

Me lembro agora que nesta época estava mais feliz do que nunca solteira, estava sabendo aproveitar aquela vida, saia com meus amigos, sem hora de chegar e sem ter que dar muitas satisfações a ninguém, falava besteira (não que eu não fale agora), e estava sendo paquerada, gostava de um que nem mesmo eu conhecia e nem mesmo morava no mesmo estado, era a única pessoa que me 'amarrava', um amarrar falso, claro! Ele não precisava saber que enquanto eu lhe prometia meu coração, meu corpo estava se entregando a outro.

Lembrando dessas coisas, parece até que aconteceram em outra vida, foi há tanto tempo, mas logo se vê que também não foi ha tanto tempo assim... há alguns meses apenas.

Assim como eu vivi de mais, fui eternamente feliz eu também sofri, e como nunca imaginei que sofreria (não que me arrependa de ter passado por tudo o que passei, pois a felicidade que tenho agora creio eu ser muito maior que o sofrimento em que passei).
Gostava de um garoto, que imagina eu, nem sabia que eu existia, mas comecei a sair com outro, no começo pela falta do que fazer mesmo, mas depois comecei a me interessar de verdade. Gostava de estar com ele, conversar, ele me fazia rir, me ariscar, me mostrou o lado mais obscuro da adolescencia e a curiosidade desenfreada, éramos amigos e cúmplices, e eu estava realmente gostando dele, embora soubesse o quanto idiota ele poderia ser. E do mesmo modo que sabia o quanto idiota ele poderia ser, sabia que se aceitasse o seu pedido de namoro eu iria viver o mesmo namoro que eu havia terminado. Ia ter um namorado que eu sentisse vergonha, e eu bem sei, que não suportaria isto de novo, até porque era duro até mesmo pra mim saber que eu sentia vergonha de uma pessoa que deveria sentir orgulho. Achava-o pouco para mim, confesso, infantil. Deve ter sido por esta conciência de que, mesmo gostando dele, ele não seria capaz de me fazer feliz, porque cairia num relacionamento que eu sabia como iria ser, ja havia vivido aquilo. Foi a época mais confusa de minha vida.

Creio eu que qualquer garota ficaria felicíssima de saber que possuia quatro garotos que estavam realmente afim dela, mas eu sofri com isso. Muito. Havia o que nem mesmo morava aqui, mas que amava; outro que eu ficava, e estava começando a gostar; um que também se interessou loucamente por mim, e era interessante admito, mas creio ter chegado em hora tardia; e aquele a quem pertenço agora, que eu nem sabia o que ele sentia por mim na época, por mim era apenas um menino para se sonhar,um sonho, um quadro para se por na parede e admirar, na realidade, a réplica do quadro, porque o original seria muito valioso para mim. E assim como eu sentia que o outro era pouco para mim, eu sentia que eu era pouca para este. Agora era a minha vez de me sentir infantil e idiota.

Sofri muito nesta época porque descobri, que este menino dos meus sonhos gostava de mim. Quando soube isso, eu fiquei completamente desnorteada. Não sabia o que fazer, havia aceitado o convite de namorar com o cortador de língua,e agora acabara de descobrirque quem eu tanto sonhava, queria uma chance comigo. Eu fiquei louca, foi o domingo mais longo do qual vivi. Subi para a casa de um amigo e fui conversar com ele, pedir conselho; na conversa me decidira em ficar com quem já estava mesmo, pois entre nós havia assunto, cumplicidade. Mas, justo naquele dia ele pisou na bola comigo. Tentou me controlar e me fazer sentir culpada por estar rindo.
Podem até brigar comigo por estar triste, mas nunca por que eu estou sorrindo, feliz, contente.
Ele pisou na bola no momento crucial, e tentei terminar com ele, na verdade não consegui, porque ainda gostava muito dele, mas demos um tempo.
Confesso que era até mesmo uma jogada pra saber qual era a do outro. E meu professor e amigo me ajudou, aliás, ele quem aconselhou essa "jogada" (embroa não goste de nomear assim).

Mas para mim, 'pedir um tempo' nunca existiu. Tempo não existe em um relacionamento, porque é meio termo, e eu abomino meios-termos. Ou é, ou não é. Por isso o que acontecia entre eu e o poser já não era mais, eu sabia disso, mas não queria admitir, porque me doía.
E me doeu ainda por muito tempo, mas assim como a gente aprender a gostar, a gente também aprende a desgostar. Sofri porque ele me fez odiá-lo, me fez ter que humilha-lo, me fez sentir raiva, me fez chorar, sofrer, forçar coisas que já estavam acabadas. Me fez sofrer porque em seus atos eu só via a possibilidade de me afastar dele, me distanciar, me fez ver que com todas aquelas ações, imposições que ele tentava fazer, perseguições (sim, ele me perseguia, me ligava o tempo inteiro, tentava me agarrar) que e eu não suportava aquilo - odiei-o.

E foi aí que tive a certeza, que mesmo sobre todos aqueles sofrimentos eu tivera feito a escolha certa. Eu sabia que desde o começo o cara com que estou agora é o cara certo. Não para namorar por um tempo indetermindo, mas para estar por toda uma vida. Mas soube disso, somente quando, prematuramente, me entreguei a ele.
Eu tinha certeza que era ele, como sempre soube no meu íntimo que seria, pois ele me envolvia numa sensação mágica, de que cada minuto ao seu lado seria mágico, assim como foi. Eternizei cada segundo, porque tudo era uma experiência nova. Pela primeira vez na vida eu estava ao lado de um cara que tinha orgulho, que admirava, e que finalmente achava bom o bastante para mim, até mesmo, muito mais que o bastante. Agora era eu quem assumia, como já dito anteriormente, a posição inferior, era eu quem deveria mostrar merecedora dele, era eu quem não deveria ser infantil.
Eu envolvi nosso relacionamento num sonho mágica, da qual não queria despertar nunca.
Me sentia incomensuravelmente insegura, criança e infantil. Sofria por isso, e muitas vezes o ciúmes me assolou, ciúmes do passado, porque eu era virgem, pura, inexperiente, e sempre segui a risca todas as regras. E me sentia estúpida por isto. Tinha medo de ser enganada, traída, trocada, não sei. Porque me doei de mais para este romance, mudei todos os meus caminhos traçados, desesti de todo um percurso que eu estava fazendo para viver o que estava para viver agora, com um cara que admirava tanto, e que, com sua simples presença me dava um impacto absurdo. Muitas vezes, ao seu lado, não soube onde por as mãos, o que falar, fazer, ficava até certo modo me controlando para que ele não percebesse o quão sem graça eu era/sou. Eu tinha medo de fazer alguma coisa errada, e ele ver que eu não era capaz de faze-lo feliz, embora eu fosse capaz de ser feliz apenas por estar ao lado dele.

Agente não tinha muito assunto, e para preencher o vazio, nos beijávamos. E até mesmo o beijo era diferente, totalmente diferente de todos os que ja experimentara, e com o tempo incrivelmente bom, porque combinava com ele. Um beijo ímpar para uma pessoa ímpar. Um beijo carregado de carinho, atenção, e porque não: amor.
Ele começou então a fazer parte da minha vida, para sempre, porque o que vivemos, esse 'mundo bolha-mágico' estará sempre comigo.

E é com lágrimas nos olhos que percebo agora, o quanto eu lhe quero bem, e o quanto eu estava certa, em saber, quando decidi que rumo tomar meus relacionamentos, que você seria sempre o homem capaz de me fazer feliz, por mais que muitas vezes eu tenha imaginado que a mágica tenha se acabado, você, com um sorriso e um abraço a trouxe de volta.
Eu colocaria a minha felicidade em jogo, pela sua. Como já o fiz, e por vezes continuo a fazer.

Talvez esse retrospecto tenha virado agora uma declaração que jamais será ouvida. Pelo menos jamais será entendida na essência de que deva ser, porque é assim, meio sem nexo, e por impulsos desconexos que vou escrevendo essas linhas. Mas nada disso importa, porque essas linhas, se forem lidas, terão apenas uma leitora: eu. E se por acaso mais alguém as ler, se sinta vangloriado, porque então, guarda dentro de ti um pouco de mim, este 'mim' que lê esta carta agora.

Lorena Borges



"Seja ou não violada esta carta. estará aqui esta mulher abrindo as pernas para o amante, fazendo com que este diga que mete o pau em sua boceta, esta pornografia como uma construção assinada também pelo corpo, pelo sexo oferecido com o seu exótico e fugaz perfume capturado no limiar exato da exasperação do desejo."

Obrigada Colégio Tiradentes



Último dia de aula. É um monte de sentimentos que nos invadem.
A gente vai pedalando pra escola, sabendo que aquela será a última vez.
Entra, guarda a bicicleta, passa no banheiro, e vai pra sala (ritual sagrado), e sabe que é a última vez.
A última vez que você vai esperar o professor chegar, assistir aula, fazer prova, colar, passar cola...
A última vez que você talvez vai ver alguns dos seus colegas. Você passa o olho pela sala, e fita cada um; cada um que te acompanhou, fez parte ou não de sua vida.
É a última vez, é o último dia de aula.
É o último dia de aula que a gente aproveita cada segundo, tentando coloca-los na memória e faze-los eternos. É o último dia de aula, a última bolinha de papel (ou sacos de bolinha de papel se você preferir) é o último amigo oculto.
E você aproveita, vive, se emociona. E eterniza cada momento.
Para alguns quiçá seja uma alegria não ter que voltar na escola, mas para outros é uma dor, você construiu ali tudo o que há de melhor, você passou ali dias inesquecíveis e conheceu pessoas importantes na sua vida.
A gente dá uma volta pelo colégio, e vê como ele mudou desde a primeira vez que você ingressou por aqueles portões, que hoje já não são os mesmos. Agora há muito mais flores, e está muito mais bonito.
Você entrou no colégio como uma criancinha da quinta série, pirralhinha, e sai como uma adolescente, madura.
A gente olha os professores, os funcionários, e em silêncio sorri e chora, por tudo que eles também nos proporcionaram, desde momentos de alegria, raiva, vergonha, tranquilidade.
A gente lembra de cada viagem, cada passeio, cada segundo junto, e cada segundo que você esteve sozinha.
Cada hora cívica, FESTIT, baile, hino...
A gente eterniza cada momento, sabendo que aproveitamos tudo o que tivemos de aproveitar, e que fomos e seremos felizes, contruiremos agora novos caminhos, com a certeza de que contruimos aqui amigos que levaremos sempre em nossos corações.

Obrigada Colégio Tiradentes!

Lorena Borges

"Se lembra quando agente, chegou um dia a acreditar, que tudo era pra sempre? Sem saber que o pra sempre, sempre acaba. Mas nada vai conseguir mudar o que ficou. Quando penso em alguém só penso em você..."

Medo :S



Sabe quando você se vê a beira da loucura? Passa tanta coisa na sua cabeça como um filmezinho, mas um filmezinho nada convencional, de longe hollywoodiano, mas sim aqueles em que a mocinha da história sofre e vai pra um sanatório? Então... se eu fosse a mocinha da história esse seria o meu fim, mas o meu tá mais para a faxineira do sanatório, que vê a loucura presente em tudo, mas tenta manter a sua sanidade. Só que parece que eu já não estou conseguindo mais.
Dá vontade de chorar, de gritar... de... de... de ser uma nerd ¬¬
Aí a gente começa a lembrar daquele tempo em que não havia preocupações, que eu chegava em casa depois da escola, almoçava, deitava no sofá e babava de tanto dormir. Acordava toda mole e ficava vegetando no sofá até começar malhação. Aí eu ia pra cozinha comer alguma coisa e depois pro quarto terminar o dia vegetando. Ou mesmo daquele tempo em que agente corria pela rua, sem se preocupar se daque há dois minutos vai estar no chão, toda ralada e feia. Sem se preocupar em vestir uma fantasia esquisita de anjo só porque você gosta, e as pessoas ainda falarem "nossa, que menina mais linda!" mesmo que você não tenha penteado os cabelos a semana inteira e esteja sem os dois dentes da frente.
Acho que eu estou é com medo. Porque eu sei que a minha vida no final do ano vai mudar terrivelmente, e eu como uma boa taurina, odeio mudanças. Ou talvez o medo seja porque não vai mudar muita coisas. Todos os meus colegas estarão entrando numa faculdade morando fora e eu estarei indo para o cursinho tentar a sorte mais uma vez. Ou quem sabe, seja o contrario; eu esteja abandonada numa cidade que não conheço ninguém nem saiba aonde são os melhores lugares para sair.
Dá medo, sabe? Não sei se é melhor ficar ou ir. (na verdade eu sei que o melhor é ir, mas aí é que tá, uma parte de mim quer ficar, sabe? Aquela parte que bombeia todo o sangue do seu corpo? Aquela parte que fica lá na sua nobre sístole e diástole)
Me dá medo, queria estar na quinta série novamente e, ao invés de estar agora me despedindo dos meus colegas que convivo ha 7 anos estaria encontrando-os. E por mais que eu não me encontre naquela escola, acha mais da metade um bando de idiotas, e a outra metade eu não dê muita importância, e todo o resto não faça a mínima idéia de quem eu sou realmente e só vêm conversar comigo na hora da prova pra pedir cola, eu vou sentir saudade. Porque é lá que passo todas as minhas manhãs, e apesar de tudo dou risada pra caramba.
Eu sofro por antecipação, e quando alguma coisa me aflinge leva tudo junto, eu sofro em todos os ângulos (ou pelo menos finjo que sofro, já que tudo é psicológico mesmo) entro em crise existencial e viro incrédula (até Paranoid parece uma música legal e verdadeira agora)
Mas o que importa mesmo é que amanhã já vai estar tudo bem, porque eu sou assim mesmo. E amanhã eu vou ser bonita sem nem mesmo ter penteado o cabelo e vou me sentir a mais inteligente das mulheres mesmo tirando um zero na prova de física. E amanhã, vou me odiar por ter colocado este post publico e vou deleta-lo. Sabe porquê? Porque eu tenho medo.


cambio desligo!
E você aí no fundo, faça o favor de tirar os pés da mesa ¬¬

Lorena Borges

É necessário medir as palavras pra falar você. E ainda assim, tudo que eu disser eu vou achar pouco. Não é fácil falar quando todas as palavras perdem o seu significado, quando todos os verbos se tornam passivos e sem ação...Aprendi de mais, vivi de mais, fui e sou feliz.Aprendi que não é preciso estar sorrindo pra se estar feliz. Aprendi que muitas conversas são ditas em silêncio. Aprendi que apenas estar com uma pessoa é o bastante independente de onde, quando e como.Aprendi que nós escrevemos nossas próprias histórias, e cabe somente a nós sermos felizes.Aprendi perdoar, sorrir, abraçar, aprender, ser paciente, odiar, chorar (sim, porque é necessário saber esses sentimentos pra poder valorizar a imensidão do amor que tenho). Aprendi a acreditar em contos de fadas, e que amor é real. E que mesmo que eu tenha passado a minha vida toda acreditando que príncipes encantados não existem que eles nunca aparecerão - porque não existem - você entra e me mostra que estava errada. Você não é o utópico príncipe que aprendemos a sonhar desde criança, mas sim o cara que me traz uma felicidade real, de corpo e alma.
Aprendi com você a viver como nunca!
Você é muito mais que um namorado. É um amigo, irmão, companheiro, pai, mãe, minha força e meu motivo de sorrir e crescer.Quando mais precisei você estava lá.Quando queria um braço você sorriu.Quando precisei de um sorriso você me abraçou e me completou. Amou-me quando eu não merecia, enxugou as minhas lágrimas, foi minha razão e meu equilíbrio.Tanto tempo e ao mesmo tempo, tão pouco tempo. Você é especial de mais e nada do que eu diga vai fazer você perceber o quanto lhe quero bem. Você me completa! E quero tanto lhe fazer sentir, viver, ser feliz.
"You are the first to have this love of mineForever with me 'till the end of time
Our love grows stronger now with every hour"
Crucificaram-me. Condenaram-me.Joguei tudo para cima e valeu tanto a pena. Sabia que eu poderia sofrer, mas minha felicidade estava com você, que sempre me causou tanto impacto. O menino inalcançável está agora ao meu lado, e me orgulho tanto.
Não houve um dia que ao seu lado fosse ruim. E você, simplesmente você, é o culpado da minha felicidade.Nem tudo são rosas, nem tudo são espinhos. Mas nós, juntos, superaremos tudo. Cada crise, tpm, briga, desentendimento, (se bem que ainda nem teve, mas sei que se tiver vai servir pra nos deixar mais forte ^^)Passaremos por todas as tempestades. Com você o céu fica perto e eu posso tocar a lua, sentir as estrelas, ouvir a terra gritar que tudo conspira a nosso favor. Posso até sentir os anjos e ver que os deuses nos abençoam, porque você é especial, como jamais alguém ousou ser para mim. Agradeço sempre por ter te conhecido. O que seria de mim? O que seriam dos meus dias?Madrugadas vazias...Cinzas, secas e chatas madrugadas vazias...
Você é uma grande pessoa. Amorosa, carinhosa, alegre, responsável, companheira, tem um grande caráter.Deus! Como me orgulho de você! Do que você é e tem se tornado a cada dia. Te admiro de mais.E que o dia 28 de abril seja feriado!E o dia 21 de maio dia santo! Feriado mundial!!!É tão bom saber que você está aí, quando preciso. E principalmente quando não preciso. Você está comigo sempre. Nem a morte nos separa. Te sigo até no infernoTô contigo e não largo! :P
E estou escrevendo este depoimento não porque seu aniversário esta chegando (até porque o escrevi muito antes) e não porque sou atualmente sua namorada, mas por que acho que algumas coisas devem ser ditas, porque acho que você deve saber de algumas.Como o bem que me fazes apenas em existir.Como me sinto completa por estar com você, e o quanto isto é estranho, novo. E como morro de medo que descubras que podes viver sem mim, o quanto sem graça e chata eu sou. Morro de medo de não conseguir lhe fazer feliz, de cair na rotina, de não conseguir retirar ao menos um sorriso de seu rosto. E você sabe de todos estes medos que tenho, por isso a cada encontro, a cada segundo, tento ser melhor, tento ser mulher o suficiente pra você, tento se boa o bastante para que pelo menos também se sinta feliz de estar ao meu lado.Mas dentre todas essas coisas, eu sei que não amo você.Amo seu jeito de andar, de cantar, seu sorriso que hipnotiza, o jeito que você me olha e me carrega. Mas não amo você.Amo seu cabelo que nem você gosta, seus olhos castanhos e suas sobrancelhas grossas e o rosa tentador de seus lábios.Mas não amo você.Amo o som da sua voz forte e grave sussurrando coisas bobas, mas que na sua boca se tornam tão gostosas de ouvir. Amo te encontrar quando menos espero e me valer o dia, amo suas loucuras.Mas não amo você. Amo a sensação que percorre meu ser quando você está presente e as borboletas no estômago. Mas não amo você.Mas se você não está, não vem, não liga e some; sinto a sua falta, não sei o que falar ou dizer, então me fecho.Mas o que importa é que não amo você!

Porque de repente, TE AMO ficou tão pouco...

Lorena Borges

março de 2006

"E nossa História não estara pelo avesso assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar. E até lá, vamos viver, temos muito ainda por fazer, não olhe para trás , apenas começamos. O mundo começa agora, apenas começamos..."

E não é que Renato Russo era mesmo um mestre? Continua a nos ensinas mesmo após a morte, era realmente um cara sem igual...
As suas letras ensinam muito, mas não tiram a nossa dor... mas no fundo acho que tudo isso que sofremos é necessário - embora ninguém nunca saiba o que passamos... e nunca saberão, somos sempre fechados em nosso próprio mundo, e na realidade o nosso próprio mundo é o único que nos importa.
Mas aí já entramos em outra contradição. Porque pelo menos eu, sempre me preocupo com os outros primeiro e sempre me deixo para depois, em segundo plano. Mas será que alguém mais coloca a sua felicidade em jogo pela minha?
Somos mesmo idiotas de nos preocuparmos com os outros. Sendo que o que ganhamos são apenas "fome e destruição".
A sociedade não nos quer, a sociedade é uma utopia...
Mas seria não o próprio ser humano e seus sentimentos uma utopia?

"Tristeza não tem fim,
Felicidade sim."

Tantas coisas passam na minha cabeça, e eu não consigo colocar as coisas em ordem, e vou escrevendo, pela necessidade que as palavras têm de sair, fugir, correr e gritar, libertarem-se. E o que posso eu fazer?
Já estou cansada.. os sentimentos me cansaram, os outros me cansaram... mas não desistimos e continuamos, a espera de dias melhores...
Eu mudeu. Eu cresci. Eu amadureci.

Há algum tempo eu escreveria um texto funesto, cheio de expressões que negassem a vida e proclamasse a desgraça de viver e do ser humano. Mas do que adiantaria colocar a culpa nessas coisas que nada tem a ver, quando a única culpada sou eu, que permiti que tudo isso ocorresse.
Desde o começo eu sabia de tudo, mas mesmo assim fui em frente, e permiti que chorasse, que amassem quando eu não queria o mesmo...
É engraçado como eu deixo os coisas acontecerem, sabendo de tudo o que eu vou sofrer.
Desde o começo eu previ tudo, mas não tomei uma atitude para que as cosas fossem diferentes ou que sofresemos menos, ao menos você.
O arrependimento e a dúvida me perseguem, mas sempre irão perseguir.
Sinto a necessidade de escapar da realidade buscando refúgio em meus sonhos, incluindo os com os olhos abertos...

Vou sempre viver pensando estar na estrada errada... e talvez eu realmente esteja... ou não.
Cordas, fitas e santos não nos prendem a nada. Nunca nos prenderam, porque a única coisa que realmente nos prende é o passado...
Embora o passado não possa ser mudado ele muda o futuro, e influência inegavelmente no que vivemos agora...

Nada nos prende a nada
Quero mil coisas ao mesmo tempo
Nada nos prende a nada
Tudo nos prende ao passado
Gostaria eu de apenas ser, e não sentir
Gostaria eu de apenas sentir, mas nunca ser...
Gostaria eu que fôssemos felizes

Lorena Borges

Se quiser, posso tocar o céu. Ta pertinho assim, ó!

O céu ontem ficou pertinho de novo.
Pertinho assim, ó.
É estranho, mas você vai vendo que os contos de fadas são reais, tudo depende de como você encara a vida, você esta sempre escrevendo o seu conto. Agente vê aquelas cenas lindas de filme e pensa que nunca vai acontecer com agente, mas no fim, você vê que viveu tudo aquilo. Vê que pessoas passam na sua vida, algumas nem fazem diferença, outras por minutos tranformam tudo. Pessoas se tornam especiais, inesquecíveis, em minutos. E assim eu toquei as estrelas, fiz meu conto, vivi.
V I V I! Intensamente.
10 minutos mais importantes do que relacionamentos que eu tive. Haha, a vida é mesmo cheio de grandes voltas... tudo é magia...
Paro agora e penso: minha vida não é mesquinha, vou ter coisas bonitas pra contar :D e até lá, vamos viver, temos muito ainda por fazer...

Vou escrevendo meu conto de fadas, aonde não ha príncipes, muito menos cavalos brancos... mas há anjos. De todas as formas

Ela o era... ?


Se era feliz não sabia.
Se aprendia não o sabia, se vivia não o sabia, apenas ia existindo, como um fruto que amadurece e cai, porque esta em sua natureza: amadurecer e cair.
Quase vivia, quase amava, quase aprendia.
Vivia no quase, e em toda a sua desilução.
Era assim sozinha, somente com seus cabelos amendoados e a pele branca, que chegava a refletir ao sol. Vivia na imensidão do quase, na desilusão do nunca realmente ter sido. Angustiada. Ela era angustiada.
Vivia na pressa de ser quase alguma coisa, vivia correndo, com medo de não viver tudo - pois a vida é curta - que acabava por não viver bada, oscilando sempre no quase.
A noite chegava e com ela as lágrimas, lagrimas secas e angustiadas.Ela não era, estava ali apenas port er sido um gozo, por ter sido apenas uma vez um além de quase. Ela o era e não sabia. Assim como era até feliz porque não sabia que era triste.
Vivia no outono, em meio ao anda, em meio ao que não aquece, não aflinge, nem acalma.
E o era e não o sabia porquê.
E ela o era e chorava, porque o era.
Parava em frente as bancas e lá ficava a olhar as garotas de revistas, apenas um corpo aos olhos do mundo. Mas olhando aquelas revistas ela tinah história. Ela vivia e era alguém e abandonara um quase, mas tão somente quando olhava as revistas. E como sem saber o porque perdia logo o interesse e ia embora, como um suicida que perde o interesse na vida e se mata sem nem mesmo saber o porquê.
Ela era infeliz e não o sabia então brincava que era feliz... uma felicidade melancólica porém... angustiada.
Ela o era e não o queria ser.

Lorena Borges