o esmiuçar do ventre que não produz.
quero a dor do que não é
do que não muda
do que não transforma
quero a exatidão do meu corpo em todos os meses
quero o vazio do meu ventre
preenchido pela dor aguda do meu peito
quero a infância tardia que não virá nunca
quero a imaturidade dos meus gestos
e a responsabilidade em aceita-los
quero a idade não avançada
o cabelo branco que não virá
a dor que vem
com o filho que não vem
quero o vazio
já estou cheia de tudo.